quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Vela

Linda pele, tanto vela.
Com um toque, minha mão 
A derrete como vela
No fogo da nossa paixão.

     A paixão acaba, pois é um fogo que queima intensamente, consumindo todo o combustível que o ascende e então não sobra mais nada. Porém me previno e dou um basta a esse incêndio, antes que nos devore, levando com ele nossa amizade e nossas singelas e confusas conversas! Esse fogo há de arder em você de novo, mas não se engane. Pois apesar de te esquentar nessas frias noites solitárias, ele queima, quem com ele brinca! Leve a sério esse fogo e ele há de te esquentar e te dar vida sempre que realmente precisar.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Não era ela


Depois de muito tempo sem sentir amor
Passou-se longos anos remoendo dor
Viveu intensamente alguns poucos meses
Porém pensou neles diversas vezes

A dor e a solidão lhe foram companhia
A luz e a esperança não deram as caras
Até que encontrou a cura pra essa fria

Foi tudo num instante naquele dia
Ela disse: “a vida é estranha e tão sozinha”
Olhou no horizonte o sentimento que lhe vinha
Sentados na calçada daquela suja via

Ficou, então, esperando a hora certa
Viajou no inverno pro estrangeiro
Mas quis que tudo fosse bem ligeiro (ai ai)
Voltou e alegrou-se ao ver a porta aberta

Mas tudo não passou de um terrível engano
Tudo que ela queria era amizade (ai ai)
Agora o que lhe resta é largar seu plano:
“De amar e deixar a mediocridade”








segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Linhas paralelas

Somos linhas paralelas que nunca se cruzam, ou talvez, só no infinito.

Porém andamos perto um do outro, na mesma direção, mas nem sempre com o mesmo sentido.

Quando nos movimentamos entramos em ressonância e só assim sentimos um ao outro.

Nunca nos tocamos, nunca desejamos a mesma coisa, nunca sonhamos o mesmo sonho.

Paralelas como as cordas de um violão, que ao tocar a mesma nota vibram em perfeita harmonia