sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A delicadeza do amor

Na dor caminha no jardim do coração
Busca o que se perdeu
sabendo que não vai encontrar
Acha o que não procurava
Escondido no meio da mata.
Era o amor.

Escondeu-se o tempo inteiro, a vida toda
Derrepente acha toda a vida em um beijo
                                    [doce e fulgaz
O sangue arde e ferve
até quase entrar em ebulição
Não há saída a não ser sorrir
o resto do dia, o seguinte e o depois.
É ridículo, mas é o que é
Mais ridículo seria se não fosse.

Escapar? Mas como, se ele só sabe se esconder?
O amor o domina de maneira que chega até a doer.
Já sabe! O jeito é esconder a vontade de esconder.
A dor não doí tanto quanto não viver.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Sentir e escrever

Sonho, vivo,
falta substantivo

Arrisco rabisco,
num instante risco

O sensato esculacho
sem deixar traço

Jogo, demoro,
palavras onde moro

Insisto, demando,
não escrevo o que mando

Verbo expiro,
onde menos miro

Navego, aprendo,
nem tudo compreendo

O sentimento cubro
mas na poesia descubro

sábado, 20 de outubro de 2012

Reparador

Repara a dor
Repara
Repara a dor
Para

Repara a dor
Inventa:
Congelador
Tenta

Repara a dor
Repara
Repara a dor
Para

Liquidificador
Aumenta
Despertador
Atormenta

Repara a dor
Repara
Repara a dor
Para

Reparador
Contenta

Referência

Quero o seu sermão
Diz que eu to errado
Me põem no chão
Cansei de jogar dado
Viver de superstição

Nessa escrita carente
Me falta referência, citação..