domingo, 24 de julho de 2011

A pimenta que nos faltava

  A verdade às vezes me pega de jeito. Dói achá-la, porém não consigo negá-la, pois ela é forte e dominadora! Estou falando isso porque me deparei agora a pouco com uma verdade reveladora, foi como juntar dois mais dois e achar um número maior que quatro. Percebi que eu nunca amei uma mulher, apesar de ter amado várias. (“como é possível?” você vai se perguntar, obviamente). A verdade é que sempre amei algo que está além da simples menina, garota, mulher, a qual se encontrava na minha frente naquele determinado momento da minha vida.

  Não sei se estou sendo claro o bastante, mas caso esteja vocês talvez sintam (ou pelo menos consigam imaginar) um pouco do vazio e da falta de perspectiva que isso me traz. De fato esse vazio e a falta de perspectiva sempre habitaram em mim, mas só agora os percebo de maneira mais clara e racional. Apesar disso não os sinto tanto quanto os sentia há uns meses ou talvez até anos atrás. Não sei ao certo quando esses terríveis sentimentos foram aquietados, mas sei que foi depois da minha vinda a BH. Muitas coisas ocorreram nessa vinda e muitas coisas mudaram, mas o que realmente mudou eu só percebi recentemente.

  Não posso dizer que me sinto pleno e com um caminho traçado e certo para o meu futuro, mas me sinto confiante o bastante para lutar por isso. Não sei ao certo qual o meu sonho, nem se ao menos tenho um, mas sei que vou achá-lo e segui-lo da melhor maneira que eu conseguir (e que a melhor maneira de conseguir isso é estando ao lado de quem eu amo). Por isso não me sinto tão solitário ultimamente e nem tão disposto a ir atrás de mulheres como o fazia há pouco tempo atrás.

  A verdade, como já disse, às vezes dói, mas a amo como jamais amei uma mulher! Isso porque o que amo nas mulheres não são elas em si como pessoas, como seres humanos completos e complexos, e sim uma idéia a qual elas representam na minha cabeça. Elas são apenas uma idéia, uma projeção de algo que não sei ao certo e que não me satisfaz mais. Busco uma amor para minha vida, “um queijo pro meu macarrão” (como a Juno disse no filme de mesmo nome). Porém esse amor é uma pessoa (e não uma idéia) é uma mulher imperfeita, com suas celulites e estrias, com olheiras e momentos enfadonhos. Ao contrário de alguns, não quero lapidá-la e torná-la um diamante pessoal. Quero-a como é, pois será o tempero da minha vida e eu serei o dela. A pimenta que nos faltava.

Essa imagem mostra a idéia da campanha da Chilli Beans dessa temporada "e se colocar pimenta?". Tem a ver mais o menos com o que estava falando sobre buscar o tempero da vida. 
                                                                                                                 

terça-feira, 19 de julho de 2011

(Amor intocável)

Cabelo suave castanho
Pele lisa e delicada
Dorme ao meu lado
Mas jamais será tocada

Acorda ansiosa e volta aos estudos
Nunca saberei seu nome
Nem os sonhos que acabou de ter
Nunca sentirei seu rosto e nem ela minha dor de viver

A ave voa longe zombando
Da triste vida na terra
Meu amor está acabando
E só vejo um futuro que berra