Marcela é doce espaço
entre mar e cela
infinito e prisão
vasto e contido
Nesse entre há também
um chamado ao vento
amplo e intenso
de um grande coração
Chamando encontros que
desnudam e alentam
deixando fogo estável
(no rubro abaixo dos seus olhos)
brilhar na noite desequilibrada
O mundo gira
mais uma vez
sem te derrubar
No fim do verão
da idade
E nesse dia nublado
em que o outono
sobrepõem o verão
os cílios orvalhados
piscam de prazer
Quando mergulho em água gelada sinto meu corpo inteiro, sinto meu coração bater mais forte, meus pelos arrepiarem, meus membros tremerem. Quando mergulho no gelado eu sinto a vida, eu vivo. Mergulhar no gelado também é renovar, é afundar na dor, na culpa, no sofrimento e então sair animado, pulando, querendo sentir o calor.
sábado, 24 de fevereiro de 2018
domingo, 4 de fevereiro de 2018
Orbitando Nana
Planetas em órbitas não nos deixam esquecer
a influência de um corpo no outro.
É tão intensa essa força entre nossos corpos
seminus na penumbra do meu quarto.
A atração dos seus olhos nos meus, dos meus dedos
na sua pele, da sua cabeça no meu ombro,
do seus dentes nos meus lábios.
É linda essa dança orbital desajustada.
Paixão e Melancolia não são planetas, não se engane.
É a mera ausência ou presença dessa energia entre nossos corpos.
Previsão catastrófica de uma colisão nos chega
de uma fenda espaço/tempo.
Desviamos nossa rota e aceitamos a falácia
profética do alinhamento de dois corpos.
Não existe universo de dois planetas, ainda mais
em plena chuva de asteroides carnavalescos.
Pra entrarmos em órbita há uma distância ideal,
que sempre mantém uma saída pela tangente.
a influência de um corpo no outro.
É tão intensa essa força entre nossos corpos
seminus na penumbra do meu quarto.
A atração dos seus olhos nos meus, dos meus dedos
na sua pele, da sua cabeça no meu ombro,
do seus dentes nos meus lábios.
É linda essa dança orbital desajustada.
Paixão e Melancolia não são planetas, não se engane.
É a mera ausência ou presença dessa energia entre nossos corpos.
Previsão catastrófica de uma colisão nos chega
de uma fenda espaço/tempo.
Desviamos nossa rota e aceitamos a falácia
profética do alinhamento de dois corpos.
Não existe universo de dois planetas, ainda mais
em plena chuva de asteroides carnavalescos.
Pra entrarmos em órbita há uma distância ideal,
que sempre mantém uma saída pela tangente.
Assinar:
Postagens (Atom)