Você tem um sol dentro
Um potencial que não aguento
Vê-lo se esconder e se ocultar
Atrás do seu japonês olhar
Não me diga que não quer conversar
Não me venha com essa de se deixar levar
O sentimento vem também com a razão
Em uma noite fria me preocupo com a paixão
Você me dá algo que adoro
O seu amor me preenche a'lma
Mas não sei se mereço e então oro
Se relacionar é pra mim um trauma
São todas palavras vazias de uma noite fria
Eu não oro! eu choro, choro, choro.
E pra que? Vai saber...
Talvez seja a hora deu realmente me conhecer
Falo, falo, falo, mas cadê meu falo?
Fujo dos sentimentos através das palavras
Não sinto o vento, pois só há portas com travas
Me esqueço, se esqueço de nos esquecermos
Com você de isca, me devoro
E assim também te devoro
Uso, com pesar, dos vícios pra não ter que pensar
Gosto de ficar cansado
Não quero me enfrentar
Só quero dormir e me sentir amado
Nesta noite fria sem luar
Quando mergulho em água gelada sinto meu corpo inteiro, sinto meu coração bater mais forte, meus pelos arrepiarem, meus membros tremerem. Quando mergulho no gelado eu sinto a vida, eu vivo. Mergulhar no gelado também é renovar, é afundar na dor, na culpa, no sofrimento e então sair animado, pulando, querendo sentir o calor.
sábado, 14 de abril de 2012
domingo, 1 de abril de 2012
Viver sozinho
Viver sozinho nem sempre é o acaso que escolhe
Ás vezes nos organizamos com tal complexidade
Que quando o amor vem desorganiza e desconstrói
Assim decidimos pela solteirice no auge da idade
Fazemos então da rotina uma constância
Trabalhamos sem reclamar hora extra
Assistimos toda noite comédia romântica
Para rirmos e esqueceremos da nossa amiga Tereza
Acordamos bem cedo com o desperta-dor
Comemos depois aquela dura torrada
Ouvindo no jornal um debate mediador
E de repente sentimos um vazio, uma porrada
Ás vezes nos organizamos com tal complexidade
Que quando o amor vem desorganiza e desconstrói
Assim decidimos pela solteirice no auge da idade
Fazemos então da rotina uma constância
Trabalhamos sem reclamar hora extra
Assistimos toda noite comédia romântica
Para rirmos e esqueceremos da nossa amiga Tereza
Acordamos bem cedo com o desperta-dor
Comemos depois aquela dura torrada
Ouvindo no jornal um debate mediador
E de repente sentimos um vazio, uma porrada
O amor demora (e nos faz perder o ar)
Devagar divagamos sobre como se amar
Lentamente, mas com ânsia, queremos lá chegar
Esperamos com paciência, relutância e dor
Lutamos contrários ao instinto e a paixão
Violentamente quase perdemos a razão
E no final encontramos, com demora, o amor
Lentamente, mas com ânsia, queremos lá chegar
Esperamos com paciência, relutância e dor
Lutamos contrários ao instinto e a paixão
Violentamente quase perdemos a razão
E no final encontramos, com demora, o amor
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