Da cozinha ouço o tac tac da máquina de lavar roupa começar.
A tremedeira nervosa me distrai enquanto tomo chá. Tac tac. Meus pensamentos
são contagiados pela excitação da lavadora. Tac tac tac...
Vou para a área de serviço. Admiro a estética do objeto e
ponho a mão sobre ele. Sinto sua força. Tac tac. Estou hipnotizado por seu
ritmo constante e então sinto mãos avulsas sobre meus ombros. É ela, não preciso me
virar para saber. Seus braços me envolvem e fecho os olhos. Tac tac tac...
Finalmente me viro, ainda de olhos fechados, e lhe dou um beijo
de língua. Ela sente minha intensidade. Coloco-a em cima da lavadora e puxo sua
lycra colada de uma vez. Tac tac. Sua respiração ofegante e seus
gemidos competem com o barulho repetitivo e mecânico do eletrodoméstico. Subo
em uma caixa qualquer e nossas cinturas se tocam. Tac tac tac...
A roupa na máquina gira sem parar. Beijo seu pescoço de seda
enquanto tiro sua calcinha de renda. Penetro seu sexo veludo! Tac tac. Agora deixo a máquina trabalhar. Arrasto minhas mãos pelo seu corpo como
se subisse um ziper. Começo por suas pernas moletom e vou pela sua barriga
algodão até seus seios de cetim. Tac tac tac. Sinto na minha pele
brim sua língua de lã molhada. Overdose sensitiva. Tac tac...
Seus mamilos tremem
junto com seus gritos cortantes quando a máquina acelera. Tac tac tac. O ritmo agora é alucinante. A roupa a qualquer momento vai estar pronta. Não
posso arriscar esperar mais. Ela força o abdômen e morde os lábios segurando o último suspiro. Ao agarrar com força seu bumbum derrubo o amaciante.
Tac!! Tac tac.