domingo, 29 de setembro de 2013

contrário de bárbaro

Sem barba, sem força, confuso e perdido num mar sem correntes e sem vento.
A força do homem está nos símbolos que os envolvem,
O meu estava na barba.
Agora aonde esta?
Dalila me seduziu e me castrou,
Sua vulva devorou meu ser.
Meu desejo foi pro lixo junto com os meu pelos.
Eles hão de crescer.
Eles hão de voltar.
A fraqueza parece acumular na ociosidade.
Mas aonde e para que encontrarei forças?
Qual o caminho que irei seguir além do belo penhasco?
Vejo uma fronteira à frente ou estaria atrás?
A cruzo ou não? Tenho medo, muito medo.
O que será que há depois dela?
Me mantenho parado, mas a linha divisória me cerca.
Me encontro entre o desfiladeiro e a fronteira
Cada passo agora é decisivo.
Continuo parado.
O tempo ao passar me deixa numa posição de desespero.
A decisão virá à força.
Sem coragem para cruzar a linha só me resta o buraco.
Buraco
Buraco
Escuridão

Vazio.